Eu me chamo Nuno Matos! Sou osteopata integrativo e pediátrico, naturopata e diretor clínico na GTMMI Lda. E hoje venho falar um pouco desse assunto específico.

Para muitos dos leitores, o termo Microscopia de Campo Escuro (MCE) é completamente desconhecido, mas no nome ressalta de imediato a ideia de que faz uso de um microscópio sem, no entanto, se compreender qual a utilidade do mesmo.

Trata-se, porém, de uma técnica de avaliação biológica, alternativa às análises laboratoriais correntes, e que é executada através de um microscópio especial e potente.

Assim, a MCE é denominada desta forma por se tratar de um exame realizado por um microscópio que permite criar uma imagem de elevado contraste, em que o fundo surge escuro, e os elementos da amostra, ou seja, as células que estão suspensas no plasma do sangue, aparecem brilhantes, permitindo desta forma criar um maior contraste e ampliadas até 1000 vezes, que permite uma melhor observação dos elementos no sangue.

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Esta técnica permite assim observar uma amostra de sangue vivo capilar, em tempo real. É, portanto, uma técnica de avaliação biológica mais rápida e simples, pois o sangue é retirado do dedo do utente e, contrariamente aos exames laboratoriais analíticos, fornece dados qualitativos sobre o metabolismo de um indivíduo, nomeadamente da série branca, que é o sistema imunitário representado pelos glóbulos brancos, e da série vermelha, que está relacionada com os glóbulos vermelhos ou eritrócitos do sangue.

Esta avaliação qualitativa de sangue vivo permite avaliar e retirar conclusões sobre um largo conjunto de questões da saúde humana, tais como:

  • Carências nutricionais
  • Atividade do sistema imunitário
  • Risco de doenças cardiovasculares
  • Atividade do sistema digestivo
  • Função hepática
  • Presença de disbiose intestinal
  • Níveis de estresse oxidativo
  • Acidez tecidual
  • Nível de toxicidade no organismo
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Este exame tornou-se particularmente importante após a pandemia de Covid 19, porque permite observar a reação do organismo ao Corona Vírus e, nomeadamente, às respostas em cascata inflamatória, que normalmente aumentam de maneira significativa o risco de doenças cardiovasculares como AVC’s e enfartes, que já antes da pandemia eram a principal causa de morte e elevada morbilidade nas sociedades ocidentais.

A MCE permitiu igualmente observar essas mesmas respostas às vacinas contra a Covid 19, mas também outros achados que até então não eram encontrados, dado que a pandemia veio favorecer reações imunitárias mais agressivas e por consequência um aumento de doenças autoimunes.

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